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Sou Caísa Tibúrcio. O Casulo Teatro é o núcleo dos meus espetáculos solo, em que convido diretores e outros artistas para trabalharem comigo. Casulo  foi criado em 2015 com o espetáculo infantil ‘Sementes:quando o sonhadário germina’ e a partir de então montei em 2019 o solo “Enluarada: uma epopeia sertaneja”. Atualmente estou em processo de montagem e pesquisa do espetáculo de rua: ‘A Concertista’, um trabalho que explora as possibilidades cênicas e musicais de uma bicicleta ,que se transforma em uma marimba.

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casuloteatro@gmail.com

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Fotos
Enluarada
Sementes
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Sementes é um espetáculo infantil  que  fala sobre as possíveis sementes da vida, das organizações, dos desejos, dos sonhos, da arte.

É destinado à crianças a partir de 4 anos e a metáfora de plantar e cuidar de uma semente é explorada até a última potência.

A relação com a natureza é fisiológica e constante no espetáculo, pois as sementes, as frutas, as flores compõem o mosaico natural e o ambiente lírico das cenas.

Nesse espetáculo a palhaça Ananica é uma plantadeira imperturbada que nos lembra que sempre podemos ser terrenos férteis para germinar desejos incríveis.

Vídeos

Teaser 1 

Teaser 2

Entrevista Band - projeto "Sementes nos parques"

Fotos

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Vídeos
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O espetáculo é uma experiência artística, gastronômica e sensorial,.

 

A atriz Caísa Tibúrcio conta uma história de amor e morte iniciada no interior campestre de Minas Gerais, enquanto cozinha e serve uma galinhada. 

Por meio do contato coma memória afetiva da plateia e da atriz, " Enluarada" traz os mitos e ritos que envolvem histórias tradicionais e percorrem o mundo invisível e revelando o universo fantástico e ficcional do interior brasileiro. 

Ainda com muita música tocada e cantada no acordeon, o espetáculo narra uma mistura de histórias inventadas e histórias lembradas a partir de materiais recolhidos em entrevista e vivências no interior de Minas Gerais.  

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Trilha sonora

Fotos

Fotos
Trilha sonora
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Vídeos

Teaser 1

Teaser 2

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"Abre Alas" é  um projeto de intercâmbio e pesquisa de Caísa Tibúrcio com a palhaça  Karla Concá fundadora do Coletivo feminista "As Maria das Graças".

Este intercâmbio também faz parte do escopo da pesquisa de doutorado da proponente Caísa Tibúrcio. A pesquisa artística já está em curso na UnB/PPGCEN (Dep. de pós-graduação em Artes Cênicas) e tem foco no estudo da palhaçaria musical feminina.

Vídeos
Abre Ala
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"Abre Alas" é um número cômico musical criado a partir das referências do circo-teatro e da musicalidade dos palhaços cantores e excêntricos musicais. A palhaça Ananica juntamente com sua bicicleta Triluna decidem fazer um concerto musical a partir da musicalidade de Chiquinha Gonzaga.

 

Esse trabalho também é resultado da pesquisa de construção de um novo aparelho cênico: uma bicicleta musical modelo antiga, conhecida como Penny Farthing que se desdobra em instrumentos musicais: marimbas, pratos e buzinas.

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O intercâmbio foi realizado de maneira virtual e resultou na criação de um número de palhaçaria musical feminina que será gravado no mês de maio.

Veja o projeto de construção da bicicleta.

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Olha como ficou linda !

O intercâmbio busca tornar conscientes as características individuais que promovem o riso e aprofundar os estudos da palhaça musical e o desenvolvimento de uma poética palhacísticas feminina em interfaces com o circo- teatro. Durante o processo buscamos refletir sobre as consequências dessa criação interdisciplinar em meios audiovisual.

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Acompanhe o processo de criação e construção da bicicleta

Vídeo

Depois de 3 meses de trabalho...Vamos estrear

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Depois do intercâmbio virtual, Eu e Karla Concá trabalhamos presencialmente para criar o espetáculo de rua.

A partir desse contexto cultural e histórico de Chiquinha Gonzaga e de destaque do palhaços cantores criamos um campo da performatividade cômica do espetáculo.

 

Unindo a linguagem da palhaçaria musical e a musicalidade pioneira de Chiquinha Gonzaga, o espetáculo - que antes foi um número - trabalha com a memória social. É um impulso para poetizar o que foi omitido. Olhar para o passado para reinventá-lo e ressignificá-lo. Criar e recriar a memória a partir dos novos sentidos que a atualidade propõe”, explica a artista.  

Dessa forma, as canções célebres de Chiquinha, como “Abre alas”, “Corta jaca”, “Lua Branca” e “Atraente”, e outras menos conhecidas, como “Meditação”, “ Argentina e “Canção do Maestro”, são referências musicais e dramatúrgicas para a pesquisa e criação desse espetáculo inédito.

Agenda de apresentações

Abertas ao público

 

20 de agosto (sábado)

Local: Praça do Cruzeiro

Horário: 17h30

Entrada franca

LIVRE PARA TODOS OS PÚBLICOS

 

21 de agosto (domingo)

Local: Parque ecológico Águas Claras

Horário: 17h

Entrada franca

LIVRE PARA TODOS OS PÚBLICOS

 

27 de agosto (sábado)

Local: Praça Cine Itapuã

Praça 01, Setor Leste - Gama

Horário: 17h

Entrada franca

LIVRE PARA TODOS OS PÚBLICOS

 

28 de agosto (domingo)

Local:  Complexo Cultural Samambaia

Horário: 16h

Entrada franca

LIVRE PARA TODOS OS PÚBLICOS

 

3 de setembro (sábado)

Local: SQN 410

Horário: 17h

Entrada franca

LIVRE PARA TODOS OS PÚBLICOS

4 de setembro (domingo)

Local: SQN 308

Horário: 17h

Entrada franca

LIVRE PARA TODOS OS PÚBLICOS

 

10 de setembro (sábado)

Local: Complexo Cultural Planaltina

Horário: 17h

Entrada franca

LIVRE PARA TODOS OS PÚBLICOS

 

Em escolas

19 de agosto (sexta-feira)

Local: CEF 04 do Paranoá

Horário: 16h30h

Fechada para alunos da escola

 

26 de agosto (sexta-feira)

CEF 10 da Ceilândia Norte

Horário: 16h

Fechada para alunos da escola

 

9 de setembro (sexta-feira)

Local:  CEF Lobo Guará do Riacho Fundo II

Horário: 10h30

Fechada para alunos da escola

Ficha técnica:

Palhaça Ananica Patusca: Caísa Tibúrcio

Direção: Karla Concá

Dramaturgia: Caísa Tibúrcio e Karla Concá

Direção musical: Fernando César

Coreografia: Julia Gunesch

Figurino: Flávio Souza

Direção de arte: Mariana Nepomuceno

Desenho sonoro: Lucas Tibúrcio

Músicos das gravações:

- Bento Tibúrcio Mendes

- Fernando César

- Valério Xavier

- Hercules Gomes

Voz do anúncio: João Antônio

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Construção da bicicleta:

- Caísa Tibúrcio

- Natália Carvalho - Vicenza bicicletas retro

- Felipe Fiúza

- Leo Cordova

- Richard Riguetti (buzinas)

- Dobly audio

Assessoria em mágica: Steiner e Hermann

Fotografia: Diego Bresani

Designer: Jana Ferreira

Vídeo: Fabiano Morari

Assessoria de imprensa: Diana Leiko (Agência Atelier)

Produção: Ninja Loka Produção

Realização: Casulo Teatro

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INTERCÂMBIO

O intercâmbio está sendo realizado com o patrocínio do FAC - Conexão Cultura e engloba  atividades formativas, experimentação prática, orientação e construção de espetáculos, cenas curtas e registros em vídeos.

Temporada do espetáculo
RESIDÊNCIA A NARIGUDA

RESIDÊNCIA ARTÍSTICA CLOWN
A NARIGUDA

DIA 1 - Entrada

16/11/2024

 

No dia 16 de novembro demos início à Residência Artística Clown A Nariguda, com Eva Ribeiro em Torres Vedras, Portugal. A residência será realizada durante sete dias, com duração de seis horas diárias, com aplicação de exercícios práticos, observação e compartilhamento de experiências, somados ao processo de criação. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Espaço da Cia A Nariguda em Corujeira, Torres Vedras, Portugal.

Após nossa chegada, Eva nos apresentou o espaço e as acomodações, nos oferecendo todas as instruções necessárias para nossa permanência durante o período da residência. Para começar, tivemos uma conversa sobre o formato da residência e alinhamos nossas expectativas e desejos em relação ao trabalho. 

 

O trabalho, de acordo com Eva, será desenvolvido a partir da comicidade física e do slapstick, com foco nos acidentes de percurso que geram a comicidade. Neste processo iremos trabalhar a técnica, os diferentes tipos de erro, suas progressões e reações geradas a partir dos acidentes. Como premissa para o processo, Eva ressalta que a técnica em si não é engraçada mas sim a forma como a(o) palhaça(o) reage e lida com a situação. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Pedro Caroca, Caísa Tibúrcio, Eva Ribeiro e Ana Vaz.

Como referências Eva citou alguns artistas e estilos, como Hilary Chaplain (EUA), a comédia catastrófica de Elise Ouvrier Buffet (FRA) e o clown minimalista. 

 

No fim do dia, descobrimos na biblioteca do espaço um jogo de Tarot Clown de Paloma Reyes de Sá, e decidimos brincar um pouco. Para nossa surpresa, o jogo nos proporcionou um reencontro encantador com o universo da comicidade, trazendo à tona elementos que despertaram nosso interesse em aprofundar e incorporar nas nossas criações.

 

Aqui estão alguns dos elementos que as cartas nos mostraram: 

 

O caos

 

"O caos, em processo, é um ponto de partida válido para começar e materializar as ideias. É necessário, de vez em quando, permitimos ser parte desse caos e reconhecer a matéria dessa explosão com todas as formas e cores, para depois selecionar o que fica e o que se vai."

 

In crescendo - Água fervendo (Eva)

 

"O palhaço tem a capacidade de chegar ao extremo com tudo aquilo que o motiva. Para que isso aconteça de forma que o público o acompanhe, é preciso fazê-lo pouco a pouco, desde a energia mais básica que é seu ponto de partida, até o auge, que é quando alcança o completo absurdo."

 

Triangulação

 

"A cena é feita por quem está dentro dela e também pelo espectador. Esse compartilhar dentro do conjunto é o que faz que quem não é o foco principal também sinta que pertence e que é importante. Olhar a todos sabendo valorizar a cada indivíduo como peça fundamental da engrenagem."

 

Paródia

 

"A paródia é mais que uma imitação, é uma nova forma de uso para o já conhecido, utilizada como ferramenta de transformação e muitas vezes de 'denúncia', recorrendo ao humor como ferramenta para a identificação com o público."

 

Cara branca

 

"O branco é um palhaço com mais hierarquia dentro da cena. Ele que trata de pôr a ordem, ele representa  a autoridade ou talvez a lucidez. Quando os brancos estão frente ao público, sempre serão vistos como qualquer palhaço. E, diante dos augustos, que são seus segundos, serão vistos como seus maiores."

 

Recursos

 

“Temos todos os recursos necessários para gerar ações assombrosas. Temos muito para oferecer sempre. Cada detalhe do que somos está carregado de possibilidades. Cada objeto que trazemos conosco, as pessoas que conhecemos, as lições aprendidas, as limitações enfrentadas, os pensamentos, os vínculos. Os recursos se desdobram para avançar, é só uma questão de decidir usá-los. E quando.”
 

Acreditamos que este é um bom presságio.
 

DIA 2 - Slapstick

17/11/2024

Nossa primeira dormida foi revigorante. A Associação Cultural A Nariguda é um espaço muito bem preparado para receber artistas do mundo todo. Nele conviveremos pelos próximos dias… dormindo, acordando, fazendo as refeições, treinando e criando. 

Hoje começamos de fato o treinamento em comédia física e slapstick. Nenhum de nós tínhamos ouvido falar antes nesse termo para se referir às técnicas clownescas de comédia física. Ouvimos com frequência as palavras cascatas, gags físicas, claques que, na realidade, são técnicas de slapstick. Tudo farinha do mesmo saco. Ou acidentes do mesmo picadeiro.

Depois de um aquecimento que fará parte de nossa rotina, estudamos a família dos tropeços. Exploramos várias formas de tropeçar com consciência, segurança e graça. Depois de explorar a mecânica do movimento, incorporamos diferentes estados emocionais antes e depois dos tropeços. 

Na sequência, estudamos a família dos choques. Realizamos alguns experimentos com a porta, com a escada, com a garrafa e com a mesa. A ideia era sempre provocar a sensação de batida com esses objetos. Dar de cara com uma porta, esbarrar num degrau da escada, bater a caberá na mesa. 

Por fim, tendo realizado toda essa prática dos acidentes, criamos uma sequência de movimentos que envolvessem os acidentes. Primeiro criamos uma sequência de movimentos simples e sem erros, e só depois introduzimos os erros, buscando gerar um efeito dominó. 

Foi um dia intenso de treinamento, muito conhecimentos compartilhados e tivemos a certeza de que a comicidade física é bastante exigente com o corpo. Ficamos todos doloridos.

DIA 3 - Sempre pode doer mais

18/11/2024

Acordamos com o corpo ainda mais dolorido. Uma ressaca de academia, crossfit, maratona de São Silvestre. Fomos nocauteados pelos slapstick. E só foi o primeiro round!

Hoje começamos dando cambalhotas. Pra frente, pra trás, pra um lado, pro outro, finalizando pra baixo. Se espatifando no chão. A cambalhota como caminho para uma queda. Depois investimos na família dos tapas, socos, puxões, bater com objeto. Mas calma, sem violência. É tudo mentirinha. E o mais importante, é preciso ser engraçado. É preciso encontrar uma medida de verossimilhança e absurdo para que a plateia dê risada.

Pausa para o almoço. Os cafés-da-manhã e os jantares estão sendo feitos por nós mesmo aqui na Associação. Fizemos uma bela compra no primeiro dia para ficarmos abastecidos. No entanto, os almoços são fora, numa aldeia próxima que tem restaurante. Ontem e hoje fomos no Churrasco da Glorinha em Galega da Merceana. Couvert (pães e azeitonas deliciosas), prato principal, bebida e café por 10 euros. Bom e barato!

Praticamente as duas horas de intervalo são usadas para o deslocamento entre Corujeira, aldeia em que estamos, e Galega da Merceana, aldeia onde almoçamos, pedir e esperar o prato ser servido, almoçar e aproveitar para prosear. 

De volta ao trabalho, reaquecemos trabalhando bem a respiração e com uma brincadeira de nossa infância: “bate na mão”. A seguir, revisitamos os acidentes que fizemos pela manhã e fizemos uma sequência usando-os em uma situação clara, individualmente. Depois em duplas criamos uma pequena cena colocando em prática os tapas, puxões, socos. Ai… que divertido!

Eva tem levado consigo o livro Clown - The Physical Comedian de Joe Diefferbacher. Um performer, professor, diretor, designer e autor com foco em teatro físico, slapstick, palhaçaria, performance de máscara e marionetes. Mais uma bibliografia para nosso estudo! Eva tem levado consigo o livro Clown - The Physical Comedian de Joe Diefferbacher. Um performer, professor, diretor, designer e autor com foco em teatro físico, slapstick, palhaçaria, performance de máscara e marionetes. Mais uma bibliografia para nosso estudo!

DIA 4 - Que abram as cortinas

19/11/2024

Mais um dia! O cansaço aumenta. Mas é preciso manter o ritmo do trabalho. Força!

Com toda sensibilidade, Eva propôs começar o trabalho com uma massagem em dupla. Somos três, no entanto, desde ontem Rafa Santos tem participado da Residência para contribuir com as dinâmicas em dupla. Rafa é companheira de Eva, na vida pessoal e profissional. 

 

Com os corpos relaxados, na medida do possível, seguimos para o treinamento. Dessa vez fomos apresentados a sete níveis de energia que podem ser interessantes para o performer. Desde um nível de zero energia até o máximo que um ser humano pode aplicar. Alguns deles não servem para a cena, para o jogo, nem os de baixa e os de alta. Nos interessa aquele nível de energia de alerta, de disponibilidade e cheio de vida.

 

À tarde, depois do bacalhau (estamos aproveitando para comer bastante bacalhau por aqui), fizemos alguns exercícios de aquecimento e de relação, para então partir à pesquisa da família dos escorregões. 

 

O último momento do dia foi para apresentarmos nossas ideias de cenas que serão trabalhadas daqui em diante, alternando com as técnicas de slapstick. Caísa mostrou três esboços de cenas solo, e Ana e Caroca mostraram uma ideia em dupla. No final Eva fez comentários, provocações e indicativos para desenvolvermos.

DIA 5 - Mexe as cadeiras 

20/11/2024

 

Começamos o dia revisitando diferentes aquecimentos e jogos de dias anteriores. Um passeio pelo que já vivemos e aprendemos. É tão curiosa a sensação de que estamos aqui há mais tempo do que a realidade em si. É tudo tão intenso que ontem parece há uma semana, que segunda foi mês passado. Ao mesmo tempo, já sentimos o peso do fim da residência. Estamos caminhando para o fim.

O treinamento de hoje em comicidade física foi com uma cadeira. Primeiro encontrando todas as possibilidades de apoiar-se nela, depois como ela se apoia no nosso corpo, como podemos vestir a cadeira, carregá-la, sentar nela e por fim, de forma livre, se relacionar com este objeto, para conhecê-lo profundamente e saber como usá-lo em cena. Essa investigação vale para qualquer objeto que se quer usar em cena.

O exercício evoluiu para a criação de uma coreografia com a cadeira, baseado nas seguintes ações: ir em direção à cadeira; apoiar-se na cadeira; pegar a cadeira; mover a cadeira e por fim, sentar-se nela. Depois de nos apropriarmos da sequência, Eva pediu para que encontrássemos todos os acidentes possíveis dentro da coreografia. No fim da manhã, apresentamos nossas sequências de coreografia com a cadeira e seus acidentes. 

À tarde, trabalhamos separadamente nossas cenas. Enquanto Caísa investigava seu próprio material, Ana e Caroca foram conduzidos por Eva a fazer exercícios de dupla. O objetivo era que nossas ações no exercício pudessem revelar a lógica particular de cada pessoa. Como cada um lida com a ação. E também relacional entre nós dois, principalmente num exercício baseado em ensinamentos da Gardi e na triangulação. O exercício gira em torno do foco e possibilita trabalhar o ritmo, a relação e o jogo. 

 

Depois disso, ficamos trabalhando nossas ideias de cena e tivemos uma conversa final para alinhar pontos de evolução para a continuidade do processo.

DIA 6 - Somos cientistas do riso 

21/11/2024

Hoje acordamos bastante cansados e foi difícil iniciar o dia com o treinamento. Por ser um trabalho essencialmente físico, temos conversado sobre dores musculares e também sobre a própria fadiga, por não termos muito tempo de descanso. Por outro lado, sabemos a importância de manter o ritmo e queríamos aproveitar ao máximo a residência, e cá estamos!

Possivelmente a Eva percebeu que estávamos cansados, pois ela propôs, para começarmos, um exercício de soltura do corpo no chão, para trabalhar a tensão, a hipotensão e hipertensão. ​

O treinamento de comicidade física do dia foi em cima da família das "falhas". Ficamos explorando isso por alguns minutos e depois apresentamos o que descobrimos.

 

Algumas perguntas foram feitas sobre nossas cenas. Quase um “quem somos, o que queremos e para onde vamos?” Menos filosófico que isso, mais pragmático. ​Com essas respostas e reflexões, passamos para a prática, aplicando nas nossas cenas e em seguida apresentamos pra Eva e ela foi conduzindo e dirigindo os resultados. 

No fim do dia, fomos todos ao Teatro Meridional em Lisboa para assistir ao espetáculo "A grande reunião". A peça é desenvolvida a partir das máscaras da Commedia Dell'Arte e foi bastante interessante podermos assistir um trabalho artístico local que tem a ver com o universo que estamos pesquisando.

DIA 7 - Inversão de papéis

22/11/2024

Hoje iniciamos o dia com um exercício bastante interessante! Eva nos pediu para aprender o número uns dos outros para que trocássemos a execução e assim podermos assistir aos nossos próprios trabalhos sendo feitos por outro performer. O outro faria uma paródia do número, possibilitando que encontrássemos coisas novas a partir de propostas criadas pelo outro.

Esse exercício levou bastante tempo, pois além de ensinar o número ao outro, assistimos, comentamos e coletamos materiais. Foi muito rico ver no outro novas e diferentes formas de executar ações, choques, reações e relações, seja com o objeto, com o parceiro, ou com a plateia. 

​À tarde trabalhamos diretamente e intensamente nos números, ora individualmente, ora sob o olhar e orientação de Eva Ribeiro. Passamos os números resgatando e incorporando achados que nos interessou do exercício da manhã, repassamos tecnicamente, e também fizemos ensaio geral com todos os elementos para a apresentação no dia seguinte com plateia.

Terminamos o dia preparando o espaço. Aspirador e esfregão. Cortina e coxias. Cadeiras e som. Vinho e massa!

DIA 8 - Merda!

23/11/2024

​Último dia da Residência. Ao mesmo tempo que estamos cansados, estamos muito satisfeitos e animados com o que aprendemos nesta semana intensa e preciosa de treinamento em comédia física. 

 

Revisitamos o material dos números, fizemos os últimos ajustes de objetos, figurino, equipamento, espaço. Depois fomos para a praça aqui em frente, conversar sobre como foi tudo, aproveitando o calor do sol. Compartilhamos quais eram nossas expectativas, nossas impressões, os desafios, os pontos fortes, as dificuldades e demos um retorno sobre a pedagogia cuidadosa, organizada e certeira de Eva.

Almoçamos na Associação Cultural A Nariguda, local onde estamos hospedados e trabalhando nestes últimos dias. Rafa Santos fez uma deliciosa refeição para gente. Linda e carinhosa forma de celebrar o fim do projeto. Comida é afeto. Descasamos e às 16h recebemos algumas moradoras da região, o pai e a filha de Eva para assistir a mostra de resultados da Residência.

Com aquele gosto e frio na barriga de estreia, mostramos nossos números. Apesar de alguns atropelos naturais de uma primeira apresentação com público, foi muito divertido. Eva nos deu retornos e agora é continuar. Fazer, fazer, fazer. Continuar a pesquisa e o aperfeiçoamento do trabalho.

Até a próxima!​​​​​​​​​​​​​​​​​

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